Rebanho de porcas matrizes da China encolhe, diz Ministério da Agricultura

Publicado em: 04/05/2022

Criação em Fuyang, China.

O rebanho de porcas matrizes da China no final de março caiu 3,3% em relação ao mês anterior, para 41,85 milhões de cabeças, mostraram dados do Ministério da Agricultura.

Em termos de porcos, a China tinha 422,53 milhões de cabeças no final de março, uma queda de 5,9% em relação ao mês anterior, mostram os dados.

O rebanho de suínos vem diminuindo nos últimos meses devido às baixas margens dos suínos, embora um recente aumento nos preços da carne suína possa evitar quedas mais significativas.

Pequim tem estocado carne suína para suas reservas estatais em um esforço para sustentar os preços e as margens dos suínos.

No Brasil, os números da balança comercial mostram os efeitos sobre os preços da carne com o menor apetite do país asiático no mercado global. Em março, a queda da receita do Brasil com exportações foi de 28%, ainda que o volume tenha recuado menos, 16%, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia.

No ano passado, os chineses adquiriram 48% de toda a carne de porco exportada pelo Brasil, ou 533,7 mil toneladas das 1,137 milhão de toneladas enviadas ao exterior, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

O presidente do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne-SC), José Antônio Ribas Júnior, diz que a situação na China tem trazido “certo desequilíbrio”. “O mercado brasileiro está um pouco mais ofertado do que o normal”, avalia.

Ele lembra que, com a crise de peste suína africana no país e a abrupta queda dos plantéis por ali, que levou à demanda reforçada do gigante asiático por carne suína, produtores brasileiros se mobilizaram para ampliar a produção.

Fontes:  Reuters / Forbes Agro / Broadcast Agro / SNA