Preços dos fertilizantes continuam subindo. Risco de faltar do produto não está descartado

Publicado em: 04/04/2022

O mercado de fertilizantes no Brasil e no mundo continua na ordem do dia. Enquanto perdurar a guerra Rússia-Ucrânia e, consequentemente, a impossibilidade de escoamento dos produtos do Leste Europeu, agravado pelas sanções econômicas impostas à Rússia, que impede remessa de recursos financeiros para aquele país, a situação deve perdurar. Os preços estão exagerados, e o abastecimento está comprometido.

O Governo Federal através do Ministério da Infraestrutura adotou medida importante para evitar o desabastecimento, mas depende de existir produtos para importar.

A partir de agora, os navios de fertilizantes terão prioridade de acesso aos terminais portuários, para poder descarregar o produto e não comprometer o calendário de distribuição devido às filas.

Em São Francisco do Sul na última semana a Administração do Porto publicou Resolução determinando que os navios com fertilizantes tenham preferência de descarga, porém somente após 14 dias que estiver parado nas filas.

A Fecoagro já vinha reivindicando prioridade, para não sofrer os atrasos  e os prejuízos registrados no ano passado.

Agora, pela Resolução do Porto, a demurrage, ou seja, a multa de atraso por não atracar navios pode chegar no máximo a 14 dias.

Um navio esperando para atracar nos portos tem um custo médio de US$ 30 mil dólares por dia. Portanto, além do risco de desabastecimento, os elevados custos atuais dos fertilizantes ainda teriam o custo adicional de demurrage. O mercado continua complicado.

Alceu Feldmann, presidente da Fertipar, empresa parceira da Fecoagro nas importações de fertilizantes e também no processamento na Fábrica de São Francisco Sul, esteve participando da Assembleia Geral da Fecoagro e proferiu palestra sobre atual situação do mercado de fertilizantes, e perspectivas para o futuro.

Ele falou para o programa de TV Cooperativismo em Noticia:

 

Fonte: Fecoagro/SC