Por um Brasil sem paralelismos, nem desmandos

Publicado em: 06/09/2022

Artigo de Romeo Bet e Edilamar Wons*

Nosso Brasil completa 200 anos de Independência de Portugal em 2022, país do qual éramos colônia, motivo especial para reverenciarmos ainda mais o Dia 7 de Setembro, cada qual à sua maneira, porém, sempre enaltecendo as cores verde-amarelo e a bandeira nacional. Precisamos nos “vangloriar” disso, pois deixamos de ser escravocratas.

Ser brasileiro de fé, independe de partido político ou ideologia; requer apenas paixão pela própria origem e coragem para assumir as verdades. Nesse sentido, é lamentável ver artistas, nos palcos, pisoteando o nosso lindo pavilhão, um sinal de desamor à nação. Outros cidadãos, queimando-o, em atos de protestos nas ruas e algumas universidades.

Igualmente, determinados veículos de comunicação, juristas e, mesmo, candidatos ao pleito de outubro próximo, “querendo dar as cartas” de como usar e como não usar a bandeira. Dia desses, a seleção brasileira feminina de futebol foi impedida, sabe-se lá por quem, de comemorar uma vitória carregando a bandeira. Profundamente triste.

Para ser patriota, basta que nos esforcemos no sentido de sermos úteis à nossa pátria, agindo em defesa não dos nossos próprios interesses, mas sim, dos objetivos coletivos. E, numa cooperativa, esse conceito se acentua ainda mais. Ser patriota, é ter posição clara, com palavras e atos, em defesa do bem comum. A honestidade, por exemplo, encabeça a fila de preceitos, a começar pelo recolhimento correto de tributos.

Ser nacionalista é entender que, devemos defender uma nação ´que se governe´ por si própria, livre de interferências externas, onde as instituições de estado (TGU, STF, MP, etc.), sendo representantes e fontes legítimas de poder, se respeitem, mesmo que discordando eventualmente, porém, deveriam atuar com neutralidade e, às vezes, não o fazem.

Nos últimos tempos, vê-se, infelizmente, nossos poderes constituídos, avançando, sombreando delimitações que não lhes cabem pela Constituição e isso gera mal-estar ao mercado, tornando fugazes os planejamentos estratégicos. A cada dia, uma nova “nuvem” política, quase sempre torta e atropelada, assombra a economia, quando o ideal seria termos mais tranquilidade nesse sentido.

Nosso sistema educacional público, há quase 40 anos, virou um centro de debate acadêmico ideológico, quase uma “seita partidária”, e não responde à altura para preparar profissionais ao momento econômico e estratégico. Temos, hoje, 100 mil vagas para pessoas especializadas, sem termos com quem contar. Nesse aspecto, registra-se que a inflação, o preço dos combustíveis e a taxa de juros, subiram no mundo todo, seja pela pandemia ou como reflexo da Guerra RÚSSIA X UCRÂNIA. Contudo, o Brasil registra hoje, desemprego formal abaixo de 10%, ante 14% há quatro anos.

Fechando, é bom lembrar que as eleições de outubro serão uma oportunidade de avanços, ou então, de retrocessos. Temos apenas dois caminhos: um, que poderá nos conduzir a situações graves, como o retorno da corrupção e o inchaço estatal, fuga de capitais, com aumento de tributos e insegurança no campo. Outro, a tentativa de darmos mais um passo rumo à reconstrução, com ética, das ruínas que ficaram dos últimos 20 anos. Cada ser é livre para escolher, mas não será livre se errar. 

*Romeo Bet é presidente da Cooperalfa e Edilamar Wons é 2º vice-presidente da Cooperalfa.

Fonte: Cooperalfa.