O que o agro espera dos políticos

Publicado em: 27/06/2022

Por Ivan Ramos diretor executivo da Fecoagro/SC

Está se aproximando a data das eleições políticas deste ano. Com isso as definições das candidaturas para o executivo e o legislativo, nos estados e na União Federal. Até agora foram conjecturas entre os partidos, hipótese de apoios e algumas reviravoltas do que se anunciava e o que de fato pode acontecer nas candidaturas. Tudo faz parte do jogo, especialmente nessa eleição que não existirá mais coligações na esfera proporcional, e que surgiu uma nova figura, que são as federações, que não deixa de ser uma espécie de coligação entre partidos afins, mas que se formarem devem permanecer por todo o mandato que forem eleitos, e ser igual em nível nacional e estadual, deixando de ser acordos de ocasião e interesses regionais.

Mas o que esperamos desse próximo pleito eleitoral? Primeiro, que haja voto consciente, menos apaixonado, pouco ideológico, e que se analise com frieza as propostas dos candidatos, e que haja avanços e não retrocesso nos estados e no país. Se espera que os corruptos sejam extirpados da política de uma vez por todas; que os ladrões sejam rejeitados, e que sejam reconhecidos aqueles que realmente mostraram resultados positivos e coletivos até agora, e que os novos pretendentes a cargos políticos mostrem que é possível fazer diferente, fazer mais, e não aderir a grupos de políticos tradicionais, que muito promete, que mentem e que propagam mudanças radicais, mas não dizem como fazer essas mudanças.

E o agro e o cooperativismo o que esperam?  Serem valorizados. Serem reconhecidos como setores que salvaram o Brasil na pandemia, que garantiram a segurança alimentar, e que produzem o que é mais essencial para ser humano: a comida. O agro espera dos parlamentares e dos executivos que façam as contas do quanto o agro gera para os demais setores econômicos e, por consequência, para a população, através dos empregos em todas as áreas. O agro espera que após as eleições desse ano, os gestores públicos que têm a chave do cofre, que se adonam do Poder, reconheçam que é a partir do agro que em SC, se gera arrecadação para pagar os altos salários se comparado com a iniciativa privada, aos políticos e funcionários públicos privilegiados e com estabilidade de emprego; que só pensam em arrecadar e em muito pouco valorizar quem produz.

A hora é agora. Nós do agro temos que escolher candidatos que se identificam conosco, que conhecem nosso setor, que já mostraram que nos valorizam, e reconhecem que somos a ponta inicial de um processo econômico que interessa a toda a sociedade. A partir de julho já devem estar nas ruas oficialmente os nomes que se habilitarão às próximas eleições. A partir daí os setores agropecuário e cooperativista precisam sair de cima do muro e assumirem candidatos, independentemente de cor partidária, para colocar nos cargos alguém que pense no futuro do país e, por consequência, de nossos filhos e netos. Portanto, mãos à obra. Pense nisso.

Fonte:  Fecoagro/SC.