O cooperativismo mostrando sua força

Publicado em: 09/05/2022

Por Ivan Ramos diretor executivo da Fecoagro/SC.

O cooperativismo catarinense teve seu dia de glória, na reunião anual da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina, a Ocesc. Todos os ramos do cooperativismo atuantes em SC estiveram presentes na capital do Estado para conhecer as ações que a entidade representativa do setor desenvolveu no ano passado, e também para conhecer o sistema operacional da sua organização, além dos números atualizados da expressão de cada segmento do nosso cooperativismo.

Pelos relatos da Ocesc na ocasião, o cooperativismo estadual continuou crescendo, mesmo em tempos de pandemia. O ramo agropecuário continua sendo o de maior expressão econômica no Estado, respondendo por quase 70 cento do faturamento das cooperativas registradas na Ocesc. Por sua vez, as cooperativas de crédito, ou financeiras, foram as que mais cresceram em número de associados, e abertura de agências. Esse ramo de cooperativas reúne em SC mais de 2.200 mil associados.

Durante a Assembleia Geral da Ocesc, o ex-deputado Odacir Zonta, atual consultor legislativo da Ocesc, fez um relato das ações que estão sendo desenvolvidas junto aos Poderes Executivo e Legislativo em Brasília, discorrendo sobre o acompanhamento de assuntos de  interesse de todos os ramos do cooperativismo, com ações especiais através do Instituto Pensar, um conglomerado de órgãos e entidades civis, entre elas a OCB, que trabalham em  estreita relação com o Congresso Nacional, através da Frencoop e da Frente Parlamentar da Agropecuária. 

Outro ponto importante da reunião do cooperativismo catarinense foi a presença da gerente Geral da OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras, Fabíola Motta. Ela veio representar o presidente Márcio Lopes de Freitas. Além de relacionar as ações que a entidade vem realizando em Brasília, também destacou a importância da participação das cooperativas nas eleições políticas deste ano.  Ela ressaltou que é importante as cooperativas indicarem candidatos afinados com o nosso setor, independentemente de cor partidária, para se conseguir eleger uma bancada de parlamentares que conheçam e defendam o setor,  como já fazem outros segmentos da sociedade. A OCB inclusive está veiculando uma campanha nas mídias sociais convocando as cooperativas e as lideranças para se envolver mais na campanha. Essa iniciativa da OCB pode ser um estímulo para aquelas organizações estaduais menos atuantes na política e que resistem em tomar posições sobre o assunto, também revejam seus comportamentos.

Em SC a política está contando com um ingrediente a mais. Além das cooperativas, que já sentiram a necessidade desse envolvimento, as demais entidades do agro estão sendo participativas, pois reconhecem essa necessidade. Já existem articulações iniciais para escolha de candidatos a deputados, federais e estaduais, para serem recomendados. De diversos partidos, sem vetar ninguém, mas preferenciar aqueles intimamente ligados ao agronegócio e ao cooperativismo.

O que se espera é que lideranças não pensem apenas no seu umbigo, isto é, preferenciar candidatos da sua região ou do partido da sua preferência, em detrimento do setor como um todo. Enganam-se aqueles que não devem se envolver em política. Também se enganam aqueles que dizem que deputados estaduais não têm influência nas decisões de nosso interesse. Quem vive o dia a dia na capital sabe que eles são importantes em muitas decisões governamentais. Portanto, vamos fazer um esforço para eleger alguém que fale a nossa língua. Pense nisso.

Fonte: Fecoagro/SC.