O agro e o cooperativismo unidos em SC

Publicado em: 19/09/2022

Por Ivan Ramos diretor executivo da Fecoagro/SC.

Já ouvimos por muitas vezes e por muito tempo, que o setor agropecuário brasileiro não consegue muitas conquistas por falta de união. Se afirmava em diversas ocasiões, que enquanto o setor agrícola trabalhava, produzia, outros segmentos econômicos se articulavam e avançavam nas conquistas em diversas esferas governamentais, e o agro ficava para trás, por falta de união e ainda sofrendo a acusação que o colono é um eterno chorão. Realmente faltava união política para suas reivindicações. O individualismo, o personalismo e o ego de algumas lideranças de entidades e de políticos em nível nacional, levava a essa consequência e se perdia forças na hora de defender o setor. Parece que isso está mudando.

Em SC a mudança tem estado mais presente. As entidades do agro e do cooperativismo já se convenceram que juntas ficam mais fortes, e os resultados aparecem. A formação de um Fórum permanente e informal, isto é, sem formação jurídica, entre as cinco principais entidades do agro e do cooperativismo, com atuação conjunta e coesa em nosso Estado, tem conseguido inúmeros avanços ao setor. Assuntos de interesse comum, mesmo que de competência de entidades diferentes, são trabalhados em conjunto e todos se juntam para defender a causa de um ou de outros.

Agora uma outra ação conjunta vem sendo desenvolvida por esse grupo de entidades, que tiveram inclusive a adesão de outras ligadas ao setor. As eleições de outubro. O grupo liderado pela Faesc, Fetaesc, Ocesc, Fecoagro, Sindicarne e Acav, teve a adesão da Fecoerusc e do Sicoob, para mobilizar seu público para votarem em candidatos identificados com o setor agropecuário e cooperativista. Em princípio para candidatos a deputados federais e estaduais, de diversos partidos, desde que assumam o compromisso de defender as causas do setor.

Um documento com uma síntese com 20 tópicos foi assinado por todas as entidades e enviado aos candidatos indicados, solicitando apoio para resolução dos principais problemas que afetam os dois segmentos produtivos. Mesmo documento foi encaminhado aos candidatos a governador, haja vista que muitas das ações dizem respeito ao Poder Executivo, e se os dois Poderes interagirem, poderão solucionar com mais facilidade os problemas apontados. Aos candidatos a governador foi aberto espaço para se pronunciarem junto as entidades signatárias do documento, para expor seus planos de ação. Certamente aquele que tiver maior sensibilidade para as reivindicações terá maior engajamento do setor.

Essa ação conjunta das entidades do agro e do cooperativismo de SC, não se limitará apenas para épocas de eleições. A exemplo do que vem sendo feito há mais de quatro anos, continuará vigilante, cobrando dos políticos as ações e resoluções dos problemas apontados, que em última análise, atende o interesse de toda a comunidade catarinense. Portanto, vamos eleger nossos candidatos e depois cobrar trabalho e, se necessário, denunciá-los das promessas não cumpridas. Pense nisso.

Fonte: Fecoagro/SC.