Mercado de fertilizantes sentirá impacto de países que aplicam taxas de carbono às importações

Publicado em: 18/07/2023

Enquanto a União Europeia está à frente quando se trata de aplicar uma tarifa de carbono às importações, o Canadá e os EUA também estão analisando a implementação de ajustes nas fronteiras.  

Os fertilizantes estarão no centro das importações sujeitas ao ajuste de carbono nas fronteiras da UE, que deve entrar em vigor em 2026, após ter sido sancionado no mês passado.  

O ajuste de carbono de fronteira é projetado para nivelar o campo de jogo para produtores domésticos em jurisdições que têm um preço ou imposto sobre emissões de carbono, como a UE e o Canadá.  

Países que não possuem taxas de carbono terão que pagar esse imposto para equiparar o valor pago pelos produtores locais desses países. Essa medida é um meio de evitar a fuga de produtores nos países que impuserem essas taxações. 

Por exemplo, os produtores canadenses de fertilizantes que pagam impostos referentes à precificação do carbono terão seus embarques para a UE taxados, como forma de ajustá-los ao preço do carbono da UE, diz Luter Atagher, estudante de doutorado na Faculdade de Direito da Universidade McGill e autor de um novo relatório de pesquisa publicado pelo Canadian Agri-Food Policy Institute. “Atualmente, o preço do carbono na UE está em torno de 100 euros. Essa é uma diferença de preço em relação ao Canadá, que varia entre 50 e 65 dólares canadenses neste ano. Isso significa que a diferença entre o preço do carbono canadense e o preço do carbono da UE teria que ser paga em relação às exportações canadenses de fertilizantes para a UE. 

Fonte: RealAgriculture/GlobalFert