Lideranças do agro e do cooperativismo falam sobre as ações de 2021 e perspectivas para 2022

Publicado em: 31/12/2021

Estamos em clima de Ano Novo. Como acontece em todos os anos, nesta data, nosso noticiário é especial. Ouvimos lideranças do setor que avaliam os resultados do ano e as expectativas para o ano que entra.

Na edição de hoje teremos depoimento do presidente da Ocesc, Luiz Vicente Suzin; do presidente da Frencoop, deputado Moacir Sopelsa; do presidente da Comissão de Agricultura da Alesc, deputado José Milton Scheffer; do secretário da Agricultura de SC, Altair Silva, e da superintendente da OCB, Tânia Zanella.

O setor agropecuário e, consequentemente, o cooperativismo, conviveu com grandes emoções em 2021. Positivas e negativas. No agro em cada ano, tem uma história diferente. Neste ano, vivenciamos momentos bons, e também situações preocupantes. No decorrer do exercício tivemos estiagens, vendavais, geadas extemporâneas, pragas e outros imprevistos, em meio a uma pandemia que parece não ter fim. Mas também tivemos recompensa com bons preços dos principais produtos advindos do campo. Com raríssimas exceções, os resultados foram positivos. De produtividade e de preços. Aliás, em termos de preços, havia muito tempo que não se atingia índices tão elevados. Em determinado momento, o mercado dos principais grãos de volumes expressivos em nosso Estado, os preços quase triplicaram em relação a anos anteriores e com custos de produção bem atrativos. Insumos importados tiveram preços elevados devido o custo do dólar, mas em compensação nas exportações dos grãos e das carnes houve ganhos com o dólar.  Dessa forma no conjunto, a balança ficou equilibrada. Na média o agricultor foi bem neste ano e, por extensão, as cooperativas também. Deve ser um ano dos mais bem sucedidos.

Mas vamos ouvir as lideranças do agro e do cooperativismo que apresentam suas impressões sobre o ano que está terminando, e o que esperam para 2022.

Sistema OCESC

A OCESC – Organização das Cooperativas do Estado de SC foi constituída em 1971, quando o Governo Federal efetivou as mudanças anunciadas desde 1969 na legislação cooperativista. Na ocasião também foi constituída a Organização das Cooperativas Brasileiras – OCB. Por determinação estatutária, cabe à OCESC a prestação dos serviços necessários ao perfeito desempenho e desenvolvimento das cooperativas de todos os segmentos.  A OCESC reúne todos os ramos das atividades cooperativistas, tendo a missão legal de registrar todas as cooperativas legalmente constituídas no Estado de Santa Catarina. Sua missão é divulgação da doutrina cooperativista; fomento e criação de novas cooperativas; estímulo ao fortalecimento do sistema de representação do cooperativismo; assistência geral ao cooperativismo; prestação de serviços de ordem técnica, em nível de direção, funcionários e associados às cooperativas filiadas; promoção de congresso, encontros, seminários e ciclos de estudo; e a integração com as entidades congêneres das demais unidades da Federação.

Luiz Vicente Suzin, é o atual presidente da Ocesc. Ele fala da sua impressão de como se comportou o agro e o cooperativismo em 2021:

 

FRENCOOP

Na esfera política em SC, a área agropecuária e cooperativista conta com dois órgãos importantes que contribuem para a defesa do setor na esfera estadual. A Comissão de Agricultura, da Assembleia Legislativa, que propõe medidas que auxiliam nas políticas do setor, discute propostas de leis, antes de serem deliberadas pelo plenário da Casa; e, também, a Frencoop – Frente Parlamentar do Cooperativismo, que defende as causas cooperativistas no Legislativo Estadual e também junto ao Poder Executivo.

A Frencoop de SC conta com a adesão de 25 deputados estaduais. Vamos ouvir primeiramente o que tem a dizer o deputado Moacir Sopelsa, presidente da Frencoop, que fala sobre o agro e o cooperativismo em 2021:

 

Comissão de Agricultura da Alesc

O deputado José Milton Scheffer, que é engenheiro agrônomo e servidor da Epagri, é o atual presidente da  Comissão de Agricultura da Alesc. Ele também fala sobre desempenho do setor agropecuário no ano de 2021:

 

Secretário Altair Silva

A Secretaria da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de SC, é uma parceira do sistema cooperativo de longa data. Diversos programas governamentais criados para o agricultor catarinense, passa pela parceria com as cooperativas.

O programa Terra Boa, ou Troca Troca, por exemplo, vem sendo coordenado pela Fecoagro há mais de 20 anos. A sua execução conta com a participação indispensável das cooperativas que fazem chegar ao agricultor as sementes, o calcário e os demais insumos incentivados pelo Governo do Estado para auxiliar os agricultores   na adoção de novas tecnologias e aumento da produtividade no campo.

Nas últimas décadas já se sucederam diversos governos e, consequentemente, inúmeros secretários da Pasta da Agricultura, e os programas em conjunto com as cooperativas continuam.

Além do Troca Troca, outros programas que são atendidos diretamente pela secretaria ou pelas suas empresas vinculadas, a Epagri e Cidasc, também chegam ao campo auxiliando os nossos agricultores.

O secretário da Agricultura Altair Silva, relata agora, quais foram as ações da secretaria em 2021, e o seus planos para 2022:

 

Sistema OCB

A OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras é o órgão de cúpula do sistema cooperativo nacional. A entidade com sede em Brasília, congrega todos os tipos de cooperativas existentes no país. Ela foi criada pela Lei 5.764/1971 e existe entre outras atividades, para ser o órgão nacional de ligação e reivindicações junto aos Poderes constituídos, no executivo, legislativo e judiciário.

A grande força do cooperativismo está no campo, e o governo viu nas cooperativas o apoio que precisava para implementar sua política econômica para a área agrícola. Nesse contexto, em 1967, o então ministro da agricultura, Luiz Fernando Lima, solicitou ao secretário da Agricultura de São Paulo, Antônio José Rodrigues Filho, já uma liderança cooperativista, que promovesse a união de todo o movimento.

Em 2 de dezembro de 1969, foi criada a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), após um consenso durante o IV Congresso Brasileiro de Cooperativismo. Foi então que a OCB se tornou a representante nacional do cooperativismo, reunindo e fortalecendo os interesses do setor.

Ser cooperativista é compartilhar desafios e soluções. É trabalhar em conjunto para superar obstáculos e partilhar os resultados e as vitórias alcançadas. E pode-se afirmar que o Sistema OCB procura realizar uma gestão cooperativista, sistêmica e participativa. Em cada reunião da diretoria com executivos e gestores da instituição, percebemos o quanto está mais próxima das unidades estaduais, das cooperativas e do cooperado – que é a verdadeira razão de todo o trabalho.

Para representar esse movimento diferenciado que é o cooperativismo o Sistema OCB pauta sua atuação em premissas como objetividade, transparência, foco em resultados e comunicação. Seu ideal é prosseguir atuando de forma participativa, buscando alcançar a visão de que o setor seja reconhecido pela sua competitividade, integridade e capacidade de gerar felicidade aos seus cooperados. A OCB acredita que é possível vencer este desafio. Basta trabalharmos juntos por esse objetivo.

Tânia Zanella, atual superintendente da OCB, fala das ações da entidade em 2021 e as perspectivas para 2022:

 

Fonte: Fecoagro/SC