Iniciada segunda etapa da pesquisa para comercialização de ostra desconchada

Publicado em: 23/04/2021

O Centro de Desenvolvimento em Aquicultura e Pesca da Epagri (Epagri/Cedap) começou em Florianópolis, a segunda etapa da pesquisa que propõe a produção de ostras para serem comercializadas desconchadas.

O trabalho, desenvolvido em parceria com a UFSC, testa a produção de ostras em cluster, um novo método que exige menos mão de obra e tem custo menor quando comparado com o cultivo tradicional, além de atender a um nicho de mercado inexplorado.

Novo método exige menos mão de obra e tem custo menor quando comparado com o cultivo tradicional. Felipe Matarazzo Suplicy, pesquisador da Epagri/Cedap, comanda os trabalhos de retirada dos cluster do mar e o processamento da ostra. O inicio da retirada do mar aconteceu na fazenda marítima da maricultora Tatiana da Cunha, que fica na Rodovia Baldicero Filomeno, Ribeirão da Ilha. O processamento da ostra tem como parceiros, além de Epagri e UFSC, o restaurante Ostradamus.

Nos próximos 12 meses seguintes as amostras serão retiradas do congelador e novamente avaliadas, para que os pesquisadores determinem por quanto tempo o produto pode ser conservado à baixa temperatura sem comprometer suas propriedades.

Todas as avaliações de qualidade serão realizadas no laboratório do Centro de Ciência Agrárias (CCA) da UFSC, em Florianópolis.  “Apesar da forma de apresentação desconchada ser comum em outros países, este é um mercado ainda não explorado pela maricultura catarinense”, avalia Felipe.

Ele ressalta que a nova técnica pode permitir um maior aproveitamento das ostras quando elas se encontram em sua melhor condição de carne, o que geralmente ocorre nos meses que antecedem a temporada de verão. Santa Catarina é o maior produtor de ostras do Brasil, tendo produzido 2.759.611 toneladas em 2019, volume 29,5%, maior do que no ano anterior.

A ostra viva (na concha) catarinense já é vendida em quase todo o território nacional. Contudo, o produto in natura apresenta um tempo de prateleira de apenas quatro dias, o que limita os principais canais de comercialização a restaurantes e peixarias. Desconchada, a ostra poderia ser vendida congelada, ampliando substancialmente o mercado.

Fonte: Epagri (adaptação)