Governo do Estado acompanha os impactos da estiagem no meio rural catarinense

Publicado em: 31/12/2021

Foto: Julio Cavalheiro/Arquivo/Secom.

Estiagem volta a causar prejuízos para o agronegócio catarinense. Nas regiões Oeste e Extremo Oeste, a falta de chuvas já reflete na safra de milho e os produtores podem ter perdas de até 50% na colheita. A Secretaria de Estado da Agricultura, e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) reuniram técnicos, deputados estaduais e lideranças do setor produtivo para apresentar a situação atual e alinhar as ações em prol dos produtores rurais.

“Essa semana a estiagem se agravou bastante. Tenho visitado alguns municípios afetados e propriedades rurais e a situação é dramática. Ao longo do ano, realizamos diversas ações para minimizar os impactos das estiagens recorrentes e, nesse momento, toda nossa equipe, da Epagri e da Secretaria, está focando os esforços para atender os agricultores atingidos pela seca”, destaca o secretário da Agricultura Altair Silva.

A estiagem é causada pelo baixo volume de chuvas nas regiões Extremo Oeste, Oeste e Meio Oeste de Santa Catarina. A média atual de precipitações nesses locais é de, respectivamente, 20, 31 e 46 milímetros. Sendo que o esperado seria uma média em torno de 150 mm. “Estamos com um déficit de água de 130 milímetros. Isso afeta diretamente algumas culturas, como milho e soja, além das agroindústrias e a dessedentação animal”, explica o hidrólogo da Epagri/Ciram Guilherme Miranda.

Até o momento, a Epagri/Ciram registra 24 Estações Hidrológicas em condição de estiagem, sendo nove delas em situação de emergência como, por exemplo, a Bacia do Rio Peperi-guaçu, Rio Chapecó, Rio das Antas e Rio do Peixe.

Segundo Altair Silva, no início do próximo ano, a Secretaria da Agricultura irá iniciar o investimento de mais R$ 100 milhões para apoiar a construção de sistemas de captação, armazenagem e distribuição de água no meio rural. Agricultura, Defesa Civil e Epagri unirão esforços para orientar os municípios sobre as ações disponíveis para dar o suporte aos produtores.

De acordo com as informações da Epagri/Cepa, no Extremo Oeste, principalmente no Vale do Rio Uruguai, a colheita esperada pode ter uma redução de até 50%.“É importante destacar que essa é a avaliação durante essa semana, se continuarmos sem chuvas o cenário pode se agravar ainda mais”, alerta o analista Haroldo Tavares.  Em outras áreas, como Oeste, Meio Oeste e Planalto Norte, o déficit hídrico pode acarretar perdas de 30% na safra de milho. Nas regiões Sul, Litoral e Campos de Lages.

Ouçam o que diz o analista da Epagri-Cepa, Haroldo Tavares:

 

 

Nos próximos três meses, a região Oeste deve enfrentar chuva abaixo da média climatológica. No Meio-Oeste, Planalto Sul, Planalto Norte e Alto Vale do Itajaí a chuva fica próxima a abaixo da média. Já no Litoral, Médio e Baixo Vale do Itajaí a chuva deve permanecer próxima a acima da média.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de SC