Então é Natal!

Publicado em: 23/12/2019

Por Ivan Ramos diretor executivo da Fecoagro

Ao nos aproximarmos do Natal e das festividades de passagem de ano, todos nós começamos a desacelerar as atividades profissionais. Uns porque entram em férias emendando uma boa parte do mês de janeiro, outros porque as pessoas do seu relacionamento também entram em férias e, consequentemente, diminuem as atividades para determinado setor, e outros porque pensam e agem no principal dessa data: confraternização, reverência ao Criador e até mesmo pela possibilidade de se reunir em famílias e esquecer um pouco do dia a dia tumultuado das atividades profissionais do ano inteiro.

No setor agropecuário e cooperativista, em que pese muitas pessoas também poderem participar dessa celebração, é hora de fazer as contas e ver o que sobrou do ano que está findando.

No meio rural, com raríssimas exceções, a luta continua até mesmo no dia de Natal e de Ano Novo. Quem produz suínos, aves e leite, não tem férias nem dias santos. As atividades continuam, entretanto, as celebrações nesse ano, parecem estar bem mais animadoras.

Nas avaliações que fizemos com as lideranças do setor agropecuário e que estaremos divulgando nos nossos últimos programa de rádio deste ano, nota-se certo grau de satisfação e otimismo no setor agropecuário.

Há ainda reclamações com relação os preços do leite e do arroz nesse ano, mas nem comparar com as crises de anos passados nessa época. Os cálculos apresentados até agora, na grande maioria dos produtos agropecuários foram e estão sendo rentáveis, e o tempo também ajudou na produtividade dos grãos, apesar de uma rápida estiagem verificada nessa safra.

Já diziam os lideres agropecuaristas mais antigos, que a atividade agropecuária é cíclica. Dependendo do produto, cada dois ou três anos, uma safra é frustrada por questões de clima ou de preços, mas na média tem sido positiva.

O que nosso agricultor precisa se acostumar é fazer poupança em anos de bonanças, para ter reservas e suportar eventuais dissabores em anos seguintes. Hoje se diz que não vale a pena poupar, porque a remuneração do mercado financeiro é muito baixa. Vale mais a pena investir em imóveis ou maquinário. Para isso temos uma alternativa importante a considerar. Quem sobrou dinheiro com a safra, pode aplicar nas cooperativas de crédito. Elas pagam igual aos bancos convencionais, com uma diferença: devolvem os resultados apurados no exercício.

Investir é bom desde que seja em algo que contribua na redução do esforço físico na propriedade, ou multiplique os resultados da atividade. Gastar em supérfluo ou sem controle, pode ser pior do que aplicar com baixa remuneração como nos dias atuais.  Lazer e entretenimento também fazem parte da vida de todos, por isso não deve ser dispensada essa atividade, ela ajuda a reoxigenar a mente e recarregar as baterias para o ano seguinte.

Portanto, nesse Natal e Ano Novo não fique na mesmice, quando o resultado da atividade for bom. Poupe, viaje, divirta-se e valorize a família e a vida. Ela passa rápida e podemos acabar sem desfrutar o que produzimos. No mais Feliz Natal e pense nisso.

Fonte: Fecoagro