Congestionamento no Porto de São Francisco do Sul provoca atraso na entrega de fertilizantes e onera os custos dos produtos

Publicado em: 07/06/2021

O setor de fertilizantes de SC vem enfrentando sérias dificuldades nas importações de matéria-prima através do Porto de São Francisco do Sul.  O atraso nos carregamentos dos navios no exterior devido às greves dos transportadores marítimos tem provocado acúmulo nas chegadas aos portos e agora congestionou as atracações dos navios, retardando as entregas e onerando os produtos com estadias dos navios.

A Fecoagro já acumulou perdas com estadias de navios esperando para atracar mais de US$ 2 milhões. Ainda corre riscos de aumentar esses prejuízos, pois existem outros navios para atracar no porto e mais 10 outros navios com fertilizantes para chegar e o porto não está dando conta. Ao partir disso o porto firmou contratos preferenciais para outros produtos siderúrgicos e de madeira impedindo que os fertilizantes cheguem na época certa.

A preocupação da Fecoagro e de outras empresas importadoras de fertilizantes, além dos prejuízos, é que esse congestionamento continue e não seja possível entregar os fertilizantes na época certa para o plantio.

A Fecoagro já manifestou oficialmente a preocupação à administração do porto, mas não houve nenhuma providência para priorizar descargas de produtos mais urgentes.

O secretário da Agricultura Altair Silva esteve em São Francisco do Sul e sentiu in loco o problema, tentou agilizar as operações portuárias junto a SC Parceria, órgão do Governo do Estado que controla o porto, mas até o momento nenhuma providência foi tomada.

A entidade enviou correspondência ao governador Carlos Moisés pedindo para que o Governo do Estado, controlador do porto, determine uma revisão das prioridades de descarga para fertilizantes, especialmente nessa época do ano, sob pena de causar prejuízos não apenas ao setor agropecuário, mas para a economia estadual.

A gerente da Fábrica de Fertilizantes da Fecoagro, Elisete Squena, está preocupada com o fluxo de produção da fábrica, pois os volumes estão represados e o armazém vazio, esperando os produtos que estão nos navios e nos próximos meses se não houver mudança nas atracações no porto, a situação tende a ficar ainda pior:

 

O gerente de Negócios da Fecoagro, Jairo Loose, por sua vez lembra que os custos com estadias de navios não estão computados nos preços dos fertilizantes já vendidos e que falta entrega e, certamente, os prejuízos já apurados terão que ser absorvidos pela Fecoagro. Além disso, Jairo Loose está preocupado de como serão as próximas entregas, e alerta que as novas vendas certamente terão preços mais elevados:

 

 

 

 

 

 

Fonte: Fecoagro/SC / Fotos: divulgação Fecoagro/SC