Candidatos a governador de SC dizem o que pretendem fazer na agricultura

Publicado em: 19/09/2022

Embora de forma muito superficial, os principais candidatos a governador em SC, dizem que o setor agrícola está nos seus planos. O que se vê na mídia é que apenas três candidatos incluíram nos seus Planos de Governo alguma ação para o setor agropecuário. Para o cooperativismo nenhuma citação. O atual governador Carlos Moisés, candidato à reeleição, promete investir milhões de reais em projetos e ações de combate à estiagem, caso seja reeleito no pleito de outubro. A ideia exposta por ele é fazer com que os produtores rurais não sofram diretamente com o que classifica de “crise hídrica” no Estado.

“Recuperar o tempo perdido”. Esse é o objetivo declarado pelo senador e candidato do Partido Liberal ao governo de Santa Catarina, Jorginho Mello. Ao abordar suas propostas para as áreas, cita ações a logística e infraestrutura em favor do escoamento do que é produzido pela pecuária e agricultura do Estado. No resumo das suas pretensões divulgadas na mídia, nenhuma citação direta para o agronegócio e o cooperativismo.

O senador Esperidião Amin, que quer voltar a governar Santa Catarina para um eventual terceiro mandato à frente do Estado que já administrou em 1983-1987 e 1999-2003, destaca sua prioridade para a agropecuária: trabalhar em projetos para preservação dos recursos hídricos. No resumo do seu plano divulgado pela imprensa inclui agricultura, pesca e reflorestamento. Nos períodos anteriores em que Amin foi governador, dedicou atenção especial ao setor agropecuário, onde os principais programas existentes ainda hoje na secretaria da Agricultura, especialmente aos pequenos agricultores, foram criados em seus períodos de governo.

O candidato Gean Loureiro anuncia em seu programa apoio à agricultura, pesca e maricultura. Promete apoiar a cadeia produtiva do leite para viabilizar a exportação de commodities lácteas, como leite em pó, queijos, gordura anidra e manteiga. Embora se utilizando de diversos programas já existentes na secretaria da Agricultura, diz entre outras coisas, que vai reduzir as assimetrias de acesso à infraestrutura no meio rural em relação ao meio urbano, em termos de conectividade (Internet), energia trifásica, estradas para circulação de veículos de transporte maiores e estruturas de captação e armazenagem da água da chuva para irrigação. Gean diz que vai facilitar o licenciamento ambiental e programas de financiamento coletivo para projetos de irrigação e gestão de recursos hídricos nas propriedades rurais catarinenses. Promete apoiar as principais cadeias produtivas do agronegócio catarinense, suinocultura, avicultura, arroz, cebola, maçã, hortaliças e fruticultura em geral, ampliando sua competitividade e presença no mercado global.

Os demais candidatos não fizeram citação nos seus planos ações para o agronegócio e o cooperativismo, pelo menos no que se tem conhecimento mídia.

As entidades do setor – Faesc, Fetaesc, Ocesc, Fecoagro, Fecoerusc, Sicoob, Sindicarne e Acav –  já elencaram uma listagem de 20 itens de ações que precisam ser implementadas no setor, e encaminharam a todos os candidatos, entretanto, até momento somente o candidato Esperidião Amin se manifestou, dizendo que as propostas apresentadas pelo setor, estão dentro do seu plano e  sua viabilidade vai depender  das ações que precisam ser desenvolvidas em cada tempo e que sua simpatia pelo agronegócio é histórica, e certamente terá sua prioridade. Os demais candidatos  ainda não  se manifestaram para assumir algum compromisso daqueles priorizados pelo setor.

Fonte: Fecoagro/SC.