Agro brasileiro alcança recorde na abertura de novos mercados

Publicado em: 17/04/2024

O acesso a mercados globais e a expansão das exportações são fundamentais para o crescimento do agronegócio brasileiro. A auditora fiscal federal agropecuária e coordenadora geral de controle e avaliação no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Juliana Martins Bressan, apresentou nos debates do primeiro dia do 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura em Chapeco, como é o funcionamento da Coordenação Geral de Controle e Avaliação dentro do MAPA e os protocolos para a manutenção e abertura de novos mercados. A expansão tem sido um fator fundamental para o crescimento das exportações do agro brasileiro.  

Em 2023, o setor representou 49% das exportações do país, gerando uma receita de US$ 166,55 bilhões. Somente em carne de frango, foram exportadas 5,138 milhões de toneladas de carne, incluindo todos os produtos, entre in natura e processados, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). E o ano já começou com recorde para o agro. De janeiro a março foram abertos 104 mercados aos produtos brasileiros, o melhor trimestre da série história, segundo dados do MAPA.  

Para agilizar os processos e ampliar os acordos, há toda uma articulação para negociação de certificações sanitárias, resposta a questionários técnicos, avaliação de notificações, participação em comitês internacionais, levantamento de requisitos sanitários e participação em auditorias. Segundo Juliana, entre as principais atribuições da Coordenação Geral de Controle e Avaliação estão o recebimento de missões estrangeiras relativas à inspeção de produtos de origem animal; a concessão ou manutenção e equivalência de sistemas internacionais de inspeção de produtos de origem animal; a proposição dos requisitos sanitários de saúde pública para a Certificação Sanitária Internacional ou protocolos de acordos bi e ou multilaterais; além da divulgação das comunicações efetuadas pelos países importadores.  

A auditora ressaltou que cada processo de abertura de mercado tem suas particularidades e é preciso estar atento a cada detalhe de regulamentação para atingir bons resultados. “Nós pegamos toda a legislação daquele país, verificamos os requisitos de importação e fazemos a comunicação para avaliar se concordam com os procedimentos que adotamos aqui. Há uma grande quantidade de itens a serem negociados, não é algo simples. É preciso ter uma comunicação eficaz com o outro país e entender o que ele precisa”.  

Há países, por exemplo, que fazem exigências menos convencionais. Juliana afirmou que, nestes casos, os técnicos procuram estar atentos ao que já foi solicitado pelo país em questão, buscando um histórico de relatórios anteriores para identificar ações corretivas, apontamentos e, assim, serem mais assertivos em todo o processo. Ela ainda apresentou melhorias que foram implementadas pelo órgão, que adotou novos processos em treinamentos e auditorias para preparar melhor a equipe, padronizar e agilizar os serviços de inspeção.  

Fonte: MB Comunicação