Um passo adiante rumo às mudanças do Brasil

Publicado em: 03/06/2019

Por Ivan Ramos diretor executivo da Fecoagro

Na semana que passou o Estado de SC e o país deram mais um passo adiante, rumo às mudanças que a população brasileira espera. Os novos dirigentes políticos, no Estado e no país, eleitos pela expectativa de mudanças, poderão agilizar seus projetos dentro de uma proposta que foi a vencedora nas últimas eleições. Tanto em nível nacional, como aqui no Estado, foram formalizadas as leis das mudanças das estruturas de governo, cujo propósito, segundo seus autores, é modernizar a administração pública, agilizar os processos de decisão, desburocratizar e racionalizar os atos objetivando sobrar recursos para atender as necessidades prementes da população.

Não é novidade para ninguém que as estruturas públicas estão inchadas, com muitos gastos de custeio no serviço público e poucos recursos para atender a população e melhorar os serviços de responsabilidade dos governos. Em Brasília o Congresso Nacional aprovou a reforma do presidente Bolsonaro. Aqui no Estado a Assembleia Legislativa também aprovou a proposta do governador Carlos Moisés da Silva.

Houve algumas mudanças nos legislativos desde as propostas iniciais, porém, pelo que eles mesmos disseram, a espinha dorsal foi mantida. Nesse quesito de amparo legal para agir está pronto, agora e só mostrar resultados. Temos outras mudanças que precisam ser adotadas especialmente em nível nacional e que já dão sinais de avanço.

A reforma tributária passou em algumas esferas e a reforma da Previdência de um país cheio de direitos e poucas obrigações, também tem que avançar. Só não enxerga quem não quer a previdência social está mal das pernas, porque o corporativismo do serviço público de poucos privilegiados e as benesses conseguidas por setores bem articulados na esfera parlamentar avançou em proteção exagerada, inclusive em parte da mídia dominante, e poucos levam vantagens em cima da maioria.

Mesmo com a garantia de que os benefícios adquiridos por determinadas categorias profissionais, principalmente do setor público nos três poderes, estão garantidos, ainda assim existem aqueles que não concordam com as mudanças de conceito na previdência, achando que a fonte nunca vai secar.

Gastar mais do que arrecada, mais dia menos dia vai faltar recursos para a camada mais necessitada da população. Ao invés de se dedicarem a aprovação da reforma para garantir o futuro dos seus familiares, ficam batendo na tecla ideológica de que o governo tem pagar tudo até para quem não precisa.

Os corporativistas e detentores de função pública com estabilidade de emprego estão sendo imediatistas. Além dos privilégios momentâneos que detêm comparado com a iniciativa privada, querem manter uma estrutura falida e condenada a atingir muita gente em todos os setores da economia e que garantem a arrecadação para pagar funcionários.

As entidades patronais de diversos setores da economia, dentre elas a CNCOOP e a CNA, que nos dizem mais respeito, assinaram uma carta pedido que o Congresso Nacional aprove logo a lei da nova Previdência para que possamos ter novas esperanças econômicas e, consequentemente, geração de empregos e segurança econômica e social para as famílias em geral.

A nós pobres indefesos, cabe cobrar dos nossos parlamentares coerência nas decisões. Temos que ficar atentos, observando quem é contra e quem a favor das reformas, e depois cobrar nas próximas eleições. Ao mesmo tempo em que temos parlamentares honestos e comprometidos com a população, temos os interesseiros que estão lá para defender o setor privilegiado, quando não seus próprios interesses.

Não deixemos passar em branco essa hora decisiva. Acompanhemos as votações, os pronunciamentos, as posições dos nossos políticos exigindo que assumam a responsabilidade de representantes autênticos do povo em geral e não apenas de uma minoria privilegiada. Na democracia é assim todos tem direitos de eleger quem quiser, mas depois tem que aguentar as consequências. Esperamos que haja mais sensibilidade dos políticos, mas também dos eleitores, agora e nas próximas eleições. Pense nisso.

Fonte: Fecoagro