UFSC discute o futuro da agricultura em função das mudanças climatológicas

Publicado em: 20/09/2018

O Laboratório de Climatologia Aplicada (LabClima) da UFSC realizou em Florianópolis evento científico sobre os Impactos dos cenários futuros de mudanças climáticas na agropecuária e na saúde pública catarinense. A programação contemplou uma mesa redonda sobre a Economia agroindustrial catarinense: como aproveitar cenários favoráveis e como se prevenir aos desfavoráveis.

Nessa mesa redonda o presidente da Fecoagro Claudio Post foi convidado para apresentar a visão das cooperativas agropecuárias sobre o tema proposto. O presidente da Fecoagro discorreu sobre as ações que o sistema cooperativo catarinense vem desenvolvendo em defesa do meio ambiente, destacando as preocupações com o futuro da atividade.

Post lembrou que os agricultores e as cooperativas são os principais interessados em preservar o meio ambiente, pois depende dele a continuidade da atividade profissional que desempenham. Ressaltou que as cooperativas mantêm programas importantes na área de preservação do solo e das águas, sempre em sintonia com as normas legais e com as exigências dos mercados que demandam os produtos agrícolas.

O presidente da Fecoagro comentou ainda que a população urbana, que hoje é mais de 85% do total, também precisa se preocupar na preservação ambiental, e que não podem ser atribuídos aos agricultores os danos ambientais, pois eles são os grandes defensores dessa preservação, fato que nem sempre acontece nas cidades.

O secretário da Agricultura Airton Spies foi outro participante da mesa redonda e deu uma aula sobre a produção agropecuária, destacando as iniciativas governamentais e do setor privado na preservação ambiental, produzindo com sustentabilidade. Comentou que para manter a preservação ambiental o agricultor necessita de renda, e ai tanto o governo como os consumidores urbanos precisam entender disso e separar as questões ideológicas da realidade do dia a dia e das exigências do mercado e as necessidades da produção de alimentos para o mundo.

Embora não fizesse parte da proposta inicial do debate, os agrotóxicos, os transgênicos e a agricultura organizada também fizeram parte dos debates na mesa redonda. Também participaram das discussões do tema Economia agroindustrial catarinense: como aproveitar cenários favoráveis e como se prevenir aos desfavoráveis, Marcos Silveira Wrege, da Embrapa Florestal; Cristina Pandolfo, da Epagri Ciram e Rubens Marschalek, pesquisador da Epagri Arroz, de Itajaí.

A mesa redonda foi coordenada pelo professor Alberto Franke do Laboratório de Clima da UFSC e contou com a presença de estudantes de pós-graduação da UFSC, que tiveram participação nos debates sobre os temas apresentados.

Fonte: Fecoagro