Santa Catarina se prepara para a retirada da vacinação contra febre aftosa em outros Estados

Publicado em: 18/12/2018

Único Estado livre de febre aftosa sem vacinação, Santa Catarina se prepara para um grande desafio: a retirada da vacina no restante do País. O Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (PNEFA) está em andamento e em novembro de 2019 o Paraná já irá suspender a vacinação no seu rebanho. Para discutir os riscos e oportunidades que o PNEFA traz para Santa Catarina, lideranças do agronegócio, técnicos e representantes dos produtores estarão reunidos em Florianópolis. O Fórum Catarinense de Prevenção à Febre Aftosa acontece nesta terça-feira no Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CIGERD).

O Brasil se prepara para conquistar o certificado internacional como País livre de febre aftosa sem vacinação em 2023. Desde 2007, Santa Catarina se mantém como o único Estado brasileiro livre da doença com o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Desde então, o agronegócio catarinense se consolidou como referência em sanidade e defesa agropecuária, conquistando os mercados mais competitivos do mundo.

O Fórum Catarinense de Prevenção à Febre Aftosa reunirá técnicos, representantes dos produtores rurais e lideranças do agronegócio para discutir as estratégias para manter Santa Catarina livre da doença e protegida após a retirada da vacinação nos outros Estados brasileiros.

O último foco de febre aftosa em Santa Catarina aconteceu em 1993 e a partir de 2000 foi suspensa a vacinação contra a doença e proibida entrada de bovinos provenientes de outros Estados, onde a vacinação é obrigatória. Em 2007, o Estado recebeu a certificação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como zona livre de febre aftosa sem vacinação.

O status sanitário diferenciado logo se transformou em uma vantagem competitiva e Santa Catarina se tornou o maior exportador de carne suína e o segundo maior exportador carne de frango do País, alcançando os mercados mais exigentes do mundo.

Em Santa Catarina os esforços para manter o status sanitário diferenciado são imensos. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) mantém 63 barreiras sanitárias fixas nas divisas com Paraná, Rio Grande do Sul e Argentina que controlam a entrada e a saída de animais e produtos agropecuários. Além disso, em Santa Catarina todos os bovinos e bubalinos são identificados e rastreados e é proibida a entrada desses animais provenientes de outros Estados.

O Governo do Estado mantém ainda um sistema permanente de vigilância para demonstrar a ausência do vírus de febre aftosa em Santa Catarina. A iniciativa privada também é uma grande parceira nesse processo, por meio do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa).

Fonte: Assessoria de Imprensa Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca