Queda generalizada de preços dos suínos faz alguns Estados saírem da casa dos R$ 7,00/kg vivo

Publicado em: 24/03/2021

Mesmo após a entrada da massa salarial do mês de março, o que havia dado esperança aos suinocultores de que o preço do animal vivo poderia melhorar, os preços seguiram com queda nas principais praças produtoras.

Lideranças do setor apontam que o que está afetando o mercado no momento são as consequências do recrudescimento da pandemia da Covid-19, com restrições na economia, o que afeta o consumo.

Em São Paulo, teve a oitava semana seguida em que frigoríficos e produtores independentes, isto é fora das integrações das agroindústrias, não conseguiram entrar em consenso e a Bolsa ficou sem negociação. De acordo com informações do presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, na semana anterior, o pedido dos suinocultores era de R$ 7,43/kg vivo, e nesta quinta, baixaram para R$ 6,93/kg, mas mesmo assim, o valor não foi aceito durante a Bolsa.

A negociação na Bolsa mineira também resultou em queda de preço, passando de R$ 7,00/kg vivo para R$ 6,50/kg vivo. O consultor de Mercado da Associação dos Suinocultores de Minas Gerais (ASEMG), Alvimar Jalles, explica que não houve acordo, e que o mercado interno de suínos vivos continua sofrendo com expectativas desfavoráveis fruto da nova onda de Covid-19 e suas consequências.

Em Santa Catarina, o preço do animal vivo saiu de R$ 7,98/kg vivo para R$ 7,14/kg vivo. Losivanio Luiz de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), explica que havia uma expectativa de que o preço, pelo menos, se mantivesse estável, já que não há ampla oferta de animais.

“Infelizmente o mercado não segurou. Acredito que o lockdown em várias regiões esteja prejudicando o consumo, porque vínhamos de uma situação mais estável de preços antes disso”, disse.

No Rio Grande do Sul, as negociações realizadas houve perda no preço do suíno vivo com o valor baixando de R$ 7,40/kg vivo para R$ 7,04/kg vivo.

“Os preços estão atravessados, custos de produção altos, e consumo interno baixo. Se não fosse pelas exportações, a situação estaria ainda pior. Acredito que se o preço se mantiver já estaremos no lucro”, disse Valdeci Folador, presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul.

Fonte: Notícias Agrícolas por Letícia Guimarães