Proibição de glifosato no Brasil gera críticas e preocupa setor

Publicado em: 24/08/2018

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que uma eventual proibição definitiva do uso de glifosato no Brasil seria um “desastre” para a agricultura do País, um dos maiores produtores de alimentos do mundo. A Justiça Federal do Distrito Federal suspendeu os registros de produtos que contêm o glifosato, a abamectina e o tiram, usados em agroquímicos. A ação foi movida pelo Ministério Público.

Maggi disse que, apesar de estar preocupado, confia na cassação da decisão judicial sobre o glifosato, um herbicida usado há décadas no País. Para ele, as críticas ao produto não têm fundamento e soam como “lenda urbana”.

A favor do uso de glifosato no campo, o diretor da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Frederico D’Avila, também se posicionou contra a suspensão.

“A maior conquista e o maior sucesso da agricultura dos trópicos é o plantio direto. Sem o glifosato, é impossível mantermos esta técnica. Não há outra ferramenta para substituí-la, além disso, nada mais é do que um sal de potássio. Inclusive, o glifosato atinge as folhas e não os frutos”, avalia D’Avila. Segundo ele, o governo dos EUA, através do FDA, é muito rigoroso nessa área e jamais avalizaria um produto que fosse nocivo à saúde. “O agronegócio brasileiro é atacado diariamente por organismos externos e, por incrível que pareça, por organismos internos como setores ideológicos do próprio Ministério Público, que procura transformar disparates em verdades absolutas”, afirmou D’Avila.

Fonte: Redação AI/SI, com informações da Reuters