Os resultados da integração das entidades

Publicado em: 01/02/2021

Por Ivan Ramos diretor executivo da Fecoagro

Os setores agropecuário e cooperativista de SC têm sido referência em união e integração pelo país afora. Embora diversas lideranças dos demais estados não reconheçam isso, ou talvez até mesmo muita gente aqui internamente saibam, contra fatos não há argumentos. Como somos um estado de pequenas propriedades, não temos outra alternativa senão nos unirmos para buscar redução de custos e aumento da rentabilidade pela economia de escala. O nosso cooperativismo agropecuário é exemplo de sucesso. Agricultores se unem em cooperativas e essas se unem em centrais e federações para buscar resultados de interesse comum aos seus associados.

Outro diferencial tem sido destaque nas nossas atividades em nosso estado: a integração entre as entidades representativas do setor, entre si e entre os governos e os políticos. Ouvimos com frequência fora do estado, manifestações surpresas do sucesso da nossa integração. As necessidades buscam as soluções. Há que se reconhecer para que a união possa prosperar precisamos de uma boa dose de humildade entre os dirigentes das entidades. Só conseguimos manter a integração se o ego individual não for maior do que o coletivo. Se alguém quer aparecer mais que outro, começam as divisões. No caso de SC, com raríssimas exceções, isso não acontece. O tempo já mostrou para quem quis se sobressair em detrimento dos demais, ficou na estrada.

A mais recente demonstração de união e integração aconteceu na mudança do secretário da Agricultura. A sistemática de ouvir as lideranças adotada pelo ex-secretário Ricardo de Gouvêa, tem tido continuidade pelo novo secretário Altair Silva. A primeira reunião que realizou ao assumir a secretaria foi com as principais entidades do agro. Ouviu com humildade as ponderações de cada dirigente dos órgãos do setor, e automaticamente obteve a simpatia e apoio de todos para ajudar administrar a pasta. A valorização de atitudes como esta é marcada pela presença maciça dos presidentes das entidades às reuniões.

Se na esfera administrativa do executivo governamental está consolidada, da mesma forma pode ser identificada na esfera política. As divergências partidárias ficam para trás, ao serem tratados os assuntos do cooperativismo e do agronegócio. Parlamentares das mais diversas siglas se unem para defender as causas do agricultor e já há provas concretas disso. Todos liderados por dois órgãos importantes na Assembleia Legislativa que atuam integrados com as entidades do setor agropecuário. A Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural e a Frente Parlamentar do Cooperativismo – Frencoop, que têm demonstrado afinidades, eficiência e coerência ao defender projetos e ações de interesse do setor mais expressivo da economia estadual.

Toda essa união e integração em SC não poderia resultar em outra coisa senão o sucesso nas atividades agropecuárias e cooperativistas, mesmo em um estado com pouca área territorial, mas de grande eficiência produtiva. Mais uma vez se confirma o slogan adotado pelo cooperativismo catarinense de que juntos somos mais fortes. Pense nisso.

Fonte: Fecoagro