Ministério da Agricultura quer fortalecer as cooperativas de crédito

Publicado em: 09/10/2019

Representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o secretário da Agricultura Familiar e Cooperativismo da pasta, Fernando Schwanke, foi um dos palestrantes do seminário ‘Desafios, Oportunidades e a Transformação no Agronegócio Familiar’, promovido pela empresa Souza Cruz. O evento foi realizado em Bento Gonçalves.

Com o tema ‘Tecnologia, precisão, inovação, cooperativismo e qualidade’, Schwanke apresentou números do agronegócio brasileiro e a visão do Mapa para os próximos anos voltada à ampliação do mercado e novos acordos comerciais.

Ele anunciou que uma das metas do Governo Federal é fortalecer as cooperativas de crédito em todo país. “Elas têm uma capilaridade muito grande no Brasil e continuam crescendo.” Segundo ele, 550 cidades brasileiras não têm bancos, apenas cooperativas de crédito em seu território. A intenção, segundo ele, também é democratizar o acesso aos recursos e fomentar a concorrência no oferecimento do crédito e, como consequência, espera-se baixar as taxas bancárias. “As cooperativas têm um papel importante e a tendência é de que ampliem ainda mais esse espaço”.

O Plano Safra, segundo ele, já atende o ‘pilar’ do desenvolvimento rural, com oferecimento de crédito aos produtores, e o que se busca, entretanto, é discutir o acesso ao crédito.

Em sua apresentação, destacou os quatro pilares que integram o planejamento de trabalho do Mapa até 2023: agropecuária sustentável; governança fundiária; defesa agropecuária e; pesquisa e inovação. Neste último tópico, o secretário destacou a meta de desenvolver e difundir novas tecnologias para manter e aumentar a competitividade da agropecuária brasileira. Inclusive, uma das sete secretarias que compõem o Mapa é a Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação. “Ela foi criada para apoiar a transformação do agronegócio em 4.0”.

Além disso, segundo ele, é primordial promover a sanidade da produção e a qualidade do insumos e produtos. “Ocorrências sanitárias têm grande efeito econômico e social, que requerem grande esforço para reversão e o acesso a mercados depende de garantias sanitárias”, frisou o secretário.

Fonte: Folha do Mate por Leticia Wacholz