Infraestrutura é a prioridade de SC para continuar forte no agro, diz secretário da Agricultura

Publicado em: 31/01/2019

O secretário da Agricultura e da Pesca do Estado, Ricardo de Gouvêa, disse em entrevista a Revista Suinocultura Industrial, que os investimentos na área de infraestrutura do Estado de SC devem trazer mais milho e baratear custos dos produtores em nosso Estado.

A falta de milho que afeta os custos dos produtores de frango e de suínos em Santa Catarina é um dos principais problemas a serem enfrentados pelos próximos quatro anos, segundo Ricardo de Gouvêa. Ele apresentou as principais missões que deverá ter como secretário. Dentre elas, está a busca por recursos para melhorar estradas no Estado e buscar junto ao governo federal a viabilização da Ferrovia Norte-Sul, o que ampliaria a oferta de grãos para os produtores.

Gouvêa também demonstrou preocupação com a obtenção por outros estados do certificado de livre de febre aftosa sem vacinação. Segundo ele, a medida requer maior controle sobre a origem dos animais. “Depois de o rebanho vacinado e bem controlado, parte para os controles, que aumentam muita vigilância”, disse.

Na suas perspectivas, “se olhar cadeia produtiva avicultura e suinocultura, pelo foco da secretaria, temos que continuar com o trabalho muito forte que está sendo feito em relação à sanidade no Estado”. O controle é estratégico para manter ou incluir novos mercados para exportação. Esse é o primeiro ponto estratégico para Santa Catarina, ressalta o secretário da Agricultura de SC.

“O segundo ponto, é a questão de como manter a competitividade da agroindústria no Estado. Temos situações, como dependência do milho de outros estados. Isso tem que ser trabalhado. No curto prazo, não adianta falar do preço do milho, mas como fazer para ele chegar de maneira competitiva”, salientou Gouvêa.

“O governo de Santa Catarina está priorizando a infraestrutura do Estado. Vamos ter um planejamento com isso. Além disso, na questão da competitividade, temos que viabilizar, tentar mostrar a riqueza não só através do fornecimento de insumos. Se conseguirmos viabilizar, trazer esse milho com custo melhor, vai impactar em todos, nos produtores independentes, na agroindústria, o que viabiliza toda a cadeia produtiva. Se compararmos Santa Catarina com o Paraná, aquele Estado é autossuficiente em milho. Eles têm hoje uma política que vem trabalhando há muito tempo a transformação do milho em proteína animal. E o Paraná vem crescendo em produção de frangos e suínos. É diferente, porque o Estado que tem essa condição”, concluiu Ricardo de Gouvêa.

Fonte: Revista Suinocultura Industrial