Fatos que as pessoas deveriam saber sobre os defensivos agrícolas

Publicado em: 11/10/2019

Recentemente, o governo liberou o registro de mais 63 agrotóxicos, sendo sete deles novos produtos e 56 defensivos genéricos, ou seja, com ingredientes ativos que já estavam presentes no mercado e perderam a validade da patente. De acordo com o Ministério da Agricultura, no ano, 325 defensivos agrícolas foram liberados.

Entre os destaques de liberação, está o produto com ingrediente ativo fluopriram, usado para combater nematoides nas culturas de batata, café, cana, milho e soja e fungos nas culturas de algodão, feijão e soja.

O movimento, faz parte de um esforço conjunto do governo para conseguir retirar a burocracia do sistema que analisa e aprova as liberações. Há casos, por exemplo, de defensivos que estão na fila de avaliação há 10 anos.

Antes de um produto ter o registro liberado, três órgãos do governo avaliam os impactos do defensivo: o Ministério da Agricultura fica encarregado de analisar a necessidade agronômica em relação à determinada praga e eficiência, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é responsável pela avaliação toxicológica e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) verifica os impactos que o agroquímico causa no meio ambiente.

No caso do Ibama, por exemplo, a avaliação passa por uma extensa lista de assuntos nem sempre correlacionadas entre elas. O instituto avalia os impactos no solo, biologia de diversos organismos, mutagenicidade; carcinogenicidade, comunicação de riscos (rótulo, bula, e avaliação de propagandas) e muito mais.

O chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Morandi, explica que as novas liberações de agroquímicos não vai aumentar a quantidade de resíduos nos alimentos. Segundo ele, colocar um novo produto no mercado significa que os produtores rurais poderão substituir o defensivo que é mais tóxico ou menos eficiente, normalmente usado. Há casos ainda em que o agricultor poderá até diminuir a aplicação na lavoura. “Ninguém toma mais paracetamol porque tem mais deste remédio no mercado”, comenta.

Fonte: Canal Rural