Empréstimos para reduzir juros

Publicado em: 31/03/2020

O  diretor de Fiscalização do BC (Banco Central), Paulo Souza, afirmou que o governo tem como meta estimular o cooperativismo de crédito no país. Para isso, quer aumentar de 9% para 20%, até 2022, a participação de mercado das cooperativas nas linhas de crédito em que são competitivas. Entre elas estão crédito pessoal não consignado, crédito rural e capital de giro para empresas. Isso ajuda a aumentar a concorrência com bancos e diminuir os juros para empresas e o consumidor final.

Ele também declarou que o BC vai tomar medidas para que os cooperados aumentem o volume de crédito tomado nas cooperativas. Atualmente, 24% das operações de crédito dos cooperados são feitas nas cooperativas e o restante em bancos tradicionais. Até 2022, o BC espera que os cooperados concentrem 40% do crédito tomado nas cooperativas. Souza também disse que essas medidas podem levar o total de ativos dessas instituições de R$ 296 bilhões em 2019 para R$ 545 bilhões em 2022. Além de aumentar o tamanho das cooperativas de crédito no sistema financeiro, o BC quer mudar o perfil de renda dos cooperados e atender mais pessoas com menos renda.

Atualmente 65% ganham mais de 10 salários mínimos. A meta do BC é que 50% tenham renda inferior a 10 salários mínimos até 2022. “O Brasil possui 916 cooperativas de crédito e 10,1 milhões de cooperados. Se as cooperativas fossem uma única instituição financeira, já seriam o sexto maior banco do Brasil. Atualmente, representam 5% dos depósitos de todo o sistema financeiro. Na França, são 60% e, na Holanda, 39%. Há espaço para crescer no Brasil”, disse o diretor do Banco Central do Brasil.

Fonte: OCB