Deputados debatem na Assembleia Legislativa a vacinação contra febre aftosa no Paraná

Publicado em: 03/06/2019

A Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa , presidida pelo deputado Zé Milton Scheffer, debateu os riscos que Santa Catarina poderá enfrentar em relação às certificações internacionais de zona livre de febre aftosa sem vacinação, caso se confirme a suspensão de vacinação do rebanho do estado do Paraná. Participaram da reunião o secretário de Agricultura, Ricardo de Gouvêa; representantes do Ministério da Agricultura; da Cidasc e do setor produtivo, que explanaram suas preocupações e dados do setor.

A proponente da audiência, deputada Marlene Fengler, perguntou ao secretário, e se há razões para temer a concessão do certificado de zona livre de febre aftosa sem vacinação ao Paraná e também se isso poderia afetar as vantagens comerciais que Santa Catarina possui desde que alcançou esse status, em 2007.

Segundo Gouvêa, o que preocupa não é o Paraná se tornar livre de febre aftosa. “O Paraná se tornando livre, sem vacinação, nos favorece até de certa forma porque a nossa barreira vai subir. O que estamos preocupados é com a forma que está sendo feito”. O secretário relatou que Santa Catarina passou por um processo muito grande de vacinação, um trabalho iniciado em 1965, e que atingiu praticamente 100% do rebanho no ano 2000, quando a vacinação foi suspensa.

Ao final foi acordado que a comissão solicitará uma audiência com a ministra da Agricultura para que as lideranças do estado possam explanar suas preocupações. “Queremos que outros estados tenham esse status, mas que seja cumprido o regramento que Santa Catarina cumpre. Temos uma preocupação com relação à rastreabilidade do rebanho brasileiro, o controle disso, das nossas fronteiras, para que Santa Catarina não venha a ser prejudicada”, acrescentou o deputado Zé Milton.

O último foco de febre aftosa em Santa Catarina foi registrado em 1993, mas para retirar a vacinação o estado seguiu todas as exigências do código de sanidade da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), quanto à identificação, rastreabilidade e registro, critérios que não estariam sendo exigidos agora do Paraná, conforme exposto na reunião, porque o Ministério da Agricultura está adotando um plano mais flexível.

Fonte: Agência AL, com adaptação da Fecoagro