Cidasc monitora aves migratórias em Santa Catarina

Publicado em: 17/11/2020

A foz do Rio Araranguá, no Sul de Santa Catarina, é um dos pontos de migração onde as aves, em deslocamento, fazem o seu descanso. Todos os anos elas deixam suas áreas de reprodução e buscam locais mais adequados, onde haja uma alimentação melhor. E é esse movimento que ascende um sinal de alerta. Porque nessa migração as aves de subsistência, que habitam num raio de 10 quilômetros do ponto de pouso, podem ser contaminadas por duas doenças: a Influenza Aviária e a de Newcastle.

Carla Zotti, médica veterinária da Cidasc, disse que esse trabalho de monitoramento da empresa é rotineiro nos pontos tradicionais de entrada das aves, para acompanhar o comportamento das aves migratórias, haja vista que elas podem ser transmissoras de doenças, e poderia afetar a avicultura de SC,  importante produto de exportação do estado e que não pode ter a doença, sob pena de rejeição pelos mercados internacionais.

Conforme ação prevista no plano de contingência para Influenza Aviária (IA) e Doença de Newcastle (DNC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, as equipes da Cidasc estão, entre os meses de outubro e novembro, realizando inquéritos epidemiológicos em populações domésticas de subsistência que vivem em um raio de 10 km de sítios de aves migratórias. O intuito dessa atividade é detectar precocemente a entrada do vírus da Influenza Aviária e da Doença de Newcastle e evitar que esses vírus cheguem ao plantel avícola e à população.

A atividade nos sítios de aves migratórias é realizada por profissionais e técnicos de fiscalização da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, que realizam inspeção clínica dos animais e colheita de amostras biológicas (sangue, suabe de traquéia e cloaca), que serão encaminhadas para o laboratório oficial do Mapa.

Santa Catarina possui dois sítios de aves migratórias reconhecidos pelo Mapa,  localizados na Foz do Rio Araranguá (município de Araranguá) e na Foz do Rio Tijucas (município de Tijucas). Estes locais caracterizam-se pela alta concentração de aves em migração, que transitam por vários países e, assim, aumentam os riscos de introdução desses vírus por meio do contato com as aves residentes.

Fonte: Assessoria de Comunicação – Cidasc / SCC SBT