Apresentado laboratório portátil de leite para controle de mastite na Cooperitaipu

Publicado em: 01/11/2019

O Departamento Técnico da Cooperativa Regional Itaipu, promoveu  encontro para produtores, técnicos e parceiros de negócios que trabalham com leite. O renomado professor da USP Marcos Veiga abordou o tema: Porque e como usar a Cultura Bacteriana para controle da mastite.

Não há fazenda de leite sem casos de mastite”! Foi com essa afirmação que o professor Veiga, membro do Qualileite e pesquisador da Universidade de São Paulo, iniciou sua fala as mais de 150 pessoas participantes. Mastite é um desafio que os produtores precisam lidar no dia a dia para que a inflamação na glândula mamária não comprometa a rentabilidade da ordenha nem afete a qualidade do leite.

Atualmente, a grande maioria das propriedades realiza o tratamento de todos os casos de Mastite Clínica (MC) de forma pouco específica, abusando, muitas vezes, do tratamento com antibióticos. Esse tipo de tratamento é responsável por 80% de todos os resíduos de drogas antimicrobianas detectados pelos laticínios, explica o professor.

Para evitar a alta medicação, ou, não desperdiçar medicamento em casos de mastite onde não há necessidade de medicação, foi apresentada a solução chamada OnFarm. Trata-se de um laboratório portátil (SmarthLAB), cedido em forma de comodato, ao produtor para ele mesmo fazer a cultura e testar o leite para identificação dos diversos tipos de bactérias, em até 24 horas, apresentado pelo técnico da OnFarm, Luis Engler.

Conforme Engler, estima-se que cerca de 30% ou mais casos de MC têm resultado de cultura microbiológica negativo, o que não justificaria o uso de antimicrobianos. Por isso, os protocolos de tratamento seletivo, realizados pelo próprio produtor em sua fazenda, podem não só diminuir o uso de antimicrobianos, mas também reduzir riscos de saúde pública e o descarte de leite, além de trazer retornos econômicos significativos.

O presidente da Cooperitaipu, Arno Pandolfo, comentou que a cooperativa abre espaço para que os parceiros de negócios possam apresentar novas tecnologias para o agronegócio. “As novidades são apresentadas e posteriormente avaliadas com muito cuidado para ver se são viáveis para a nossa realidade”, explica Pandolfo.

Fonte: Cooperitaipu