Agro apresenta proposta aos presidenciáveis

Publicado em: 31/08/2018

Representantes do movimento cooperativista participaram do debate entre os candidatos à Presidência da República e os representantes do agronegócio brasileiro, promovido em Brasília, pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Além de discorrerem sobre suas propostas para o setor caso vençam as eleições, os candidatos receberam o documento O futuro é Agro 2018-2030, elaborado pela CNA, com o apoio do Conselho das Entidades do Setor Agropecuário (Conselho do Agro).

Esse conselho reúne 15 entidades que representam os produtores rurais de diversas cadeias produtivas e segmentos da agropecuária. A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), por exemplo, representa e defende os interesses do cooperativismo no colegiado.

Por parte das cooperativas agropecuárias estiveram: o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a gerente geral da OCB, Tânia Zanella, o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, o presidente do Sistema Ocesp, Edvaldo Del Grande, o representante da região Norte na diretoria da OCB, Petrucio Magalhães, e o coordenador do Centro de Agronegócio da FGV/EESP e embaixador especial da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) para o cooperativismo mundial, Roberto Rodrigues.

A OCB também está concluindo a edição de um documento a ser entregue aos presidenciáveis. A expectativa é de que, até a semana que vem, a entrega das propostas do movimento cooperativista aos candidatos ao Palácio do Planalto seja iniciada.

A participação dos candidatos no debate promovido pela CNA foi definida por sorteio. O primeiro presidenciável a falar de suas propostas de governo para pecuaristas e produtores rurais na CNA foi Geraldo Alckmin. Depois foi a vez de Henrique Meirelles. Na sequência, Álvaro Dias e Marina Silva falaram das medidas que pretendem aplicar para atender às demandas do setor. Ciro Gomes e Jair Bolsonaro não participaram.

Confira abaixo, as 10 prioridades apontadas pela CNA para o setor agropecuário brasileiro:

1. Prosseguir com as reformas necessárias, em especial a tributária e a previdenciária. A modernização do sistema tributário dará maior competitividade ao setor agropecuário.

2. Priorizar o seguro rural e demais instrumentos de gestão de riscos, como forma de garantir renda ao produtor e atrair novas fontes de financiamento para o setor.

3. Firmar acordos comerciais para promover a competitividade da agropecuária brasileira com prioridade nos principais mercados importadores de alimentos, como Coreia do Sul, México, União Europeia, Japão, bem como estabelecer parcerias estratégicas que favoreçam o fluxo comercial com China, Estados Unidos e Aliança do Pacífico.

4. Apoiar políticas públicas voltadas para o crescimento sustentável do setor, em especial aquelas que regulam o uso dos recursos naturais baseado em agricultura inteligente, competitiva e provedora de serviços ambientais.

5. Garantir segurança jurídica no campo por meio da melhoria do arcabouço legal das questões fundiárias, das normas trabalhistas que possuem subjetividade e das iniciativas que reduzam a criminalidade no campo.

6. Fomentar o desenvolvimento tecnológico no âmbito da comunicação, geociência e biotecnologia, ampliando as oportunidades de acesso às tecnologias para o homem do campo.

7. Criar ambiente regulatório mais transparente com objetivo de impedir práticas monopolistas e promover a livre iniciativa, evitando qualquer tipo de tabelamento, como forma de atrair investimentos privados destinados à integração dos modais de transportes e à melhoria da armazenagem.

8. Fortalecer o Sistema de Defesa Agropecuária para que seja mais ágil e eficiente, por meio de métricas objetivas, estabelecidas conjuntamente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e setor privado.

9. Ampliar o volume de recursos destinados às ações de assistência técnica, de forma harmônica entre os diferentes perfis de produtores, com intuito de melhorar a difusão de tecnologias e a gestão das propriedades rurais.

10. Desenvolver políticas públicas focadas na ampliação da produção de biocombustíveis, como o RenovaBio, com o objetivo de reduzir as emissões dos gases do efeito estufa.

Fonte: Sistema OCB