A humildade engrandece as pessoas, a arrogância destrói

Publicado em: 08/04/2019

Por Ivan Ramos – diretor executivo da Fecoagro

Existem algumas máximas nos meios empresarias e/ou associativos, que retratam com exatidão a realidade, e aquelas pessoas que não se dão conta disso, padecem. Por exemplo: ser humilde engrandece as pessoas. A arrogância destrói. Mesmo tendo conseguido altas posições na sociedade ou nas empresas, se as pessoas fugirem às origens, corre risco de mais dia, menos dia podem cair. Da mesma forma existe um conceito especialmente na gestão empresarial de que o conhecimento técnico, a notoriedade profissional por si só não sobrevivem.  Precisa de uma boa dose de bom relacionamento, para que a parte técnica seja valorizada e sobreviva numa sociedade.

No cooperativismo, assim como das entidades públicas e na política, já existem incontáveis exemplos de pessoas que subiram de posição e na mesma velocidade caíram, por terem esquecido as bases, e como se diz na gíria o Poder subiu na cabeça. Outro adágio popular que precisamos sempre lembrar é aquele de que diz: “quer conhecer as pessoas? Dai Poder”.

Em tempo de mudanças eleitorais em nosso País, a contaminação também pode chegar ao cooperativismo. Estamos vivendo exemplos, que embora não se possa, pelo menos por enquanto, questionar a capacidade técnica, mas sim o relacionamento, o orgulho, ou falta de humildade, pode retirar as pessoas da liderança de algum empreendimento vitorioso.

Sempre que há oportunidade temos ressaltado que os nossos líderes e dirigentes cooperativistas ou de qualquer outro segmento associativo e que dependem de voto popular, independentemente do tamanho do colégio eleitoral, precisam estar antenados que, mesmo que com competência profissional comprovada, e sem querer fazer reparos de comportamento de honestidade, podem sucumbir por falta de humildade e relacionamentos com as origens.

Da mesma forma, há se preocuparem com a alternância do Poder. Muito tempo na mesma função provoca o desgaste natural das pessoas e seria muito mais salutar que com o passar dos anos, fossem preparados os sucessores, para sair em alta, e não esperar que alguém queira o lugar através de disputas. É comum nos apegarmos aos cargos, quer por interesse ideológico ou por vantagens financeiras, mas quando entra na necessidade de votos, o risco de troca é eminente.

De outro lado há se levar em conta, que muitas vezes se troca as pessoas não por incompetência profissional, mas por excesso de tempo no cargo, ou falta de relacionamento e humildade. Não pretendemos atingir ninguém de nosso meio com essa opinião, mas por princípio e observância no contexto geral, sentimo-nos à vontade para alertar que todos nós temos tempo que vence e se nos preocuparmos para enfrentar a realidade, certamente sairemos com menos ressentimento. Na última semana tivemos um exemplo no cooperativismo de crédito e que serve para reflexão para outros dirigentes que eventualmente se acham que são insubstituíveis ou infalíveis. Pense isso.

Fonte: Fecoagro