Cooperativas reagem à pandemia em SC

Publicado em: 18/05/2020

A pandemia causada pelo novo coronavírus está provocando mudanças e transformações na forma de organização do trabalho, nas estruturas de produção econômica e no próprio tecido social em todos os países. Inevitável, portanto, que atinja as cooperativas brasileiras, essas sociedades humanas relativamente complexas que contribuem para dinamizar a economia e elevar o IDH das comunidades.

Ao fazer essa avaliação, o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC) Luiz Vicente Suzin realça que todos os ramos do cooperativismo estão inovando não apenas para sobreviver à crise da pandemia, mas para continuar oferecendo soluções e serviços de qualidade aos 2,7 milhões de catarinenses associados às 254 cooperativas.

Enfatiza que todos os setores do cooperativismo reagiram aos desafios impostos pela pandemia, especialmente as cooperativas dos ramos agropecuário, crédito, consumo, infraestrutura, saúde e transporte que detêm o maior número de associados.

O dirigente exemplifica que as 47 cooperativas agropecuárias difundem orientações para a prevenção ao novo Coronavírus nas propriedades de produtores rurais cooperados. Medidas de proteção aos produtores e trabalhadores rurais são ensinadas para garantir segurança no ambiente de trabalho, considerando as características da atividade agrícola, pecuária e extrativa.

De modo geral, as cooperativas detalham as formas de prevenção ao Coronavírus, os sintomas da Covid-19 e as medidas que devem ser adotadas durante a epidemia, entre elas, evitar o uso compartilhado de ferramentas e equipamentos e impedir o acesso aos estabelecimentos agrícolas de pessoas que não sejam aquelas que ali trabalham e os técnicos do serviço de assistência técnica e extensão rural das cooperativas ou das agroindústrias. Nessa linha, os gestores rurais recebem todas as orientações para conduzir com tranquilidade suas propriedades rurais.

Suzin defende que “todo o apoio que o setor primário necessitar deve ser prestado, pois sabemos que a agropecuária será uma das primeiras atividades que retornará com força total depois da pandemia”. Observa que a origem, qualidade e sanidade dos alimentos será uma grande preocupação do mundo inteiro após a epidemia do novo Coronavírus. E, nesse aspecto, a produção brasileira tem reconhecimento internacional, segue protocolos rígidos e obedece a uma legislação sanitária moderna.

Entre as medidas de apoio estão o acesso dos produtores ao crédito e antecipação de benefícios e garantias, como forma de assegurar renda para pequenos, médios e agricultores familiares. A OCESC reivindicou e o governo atendeu: foram priorizados os setores mais impactados. “Isso se justifica porque a agricultura será a alavanca propulsora da retomada do crescimento econômico, não tenho dúvidas”.

O presidente da OCESC observa que o cooperativismo brasileiro tem demonstrado resiliência e criatividade para sobreviver em tempos de crise. O desafiador cenário imposto pela pandemia estimulou o surgimento de projetos para manter o funcionamento das cooperativas. Uma das saídas para a atual crise gerada pela pandemia é buscar formas de se reinventar no mercado.

Entre as inovações que surgiram estão plataformas para conectar com os negócios locais, comprando produtos e serviços de comunidades próximas, ajudando na continuidade dos negócios locais e assim, na manutenção dos empregos gerados por esses empreendimentos, impactando de forma rápida e direta na sua realidade. As cooperativas atuam para aproximar os cooperados e a comunidade, oportunizando produtos e serviços para agentes econômicos e consumidores finais.

Luiz Suzin aponta o caráter solidário das cooperativas por meio de centenas de ações sociais e assistenciais e doações.

Fonte: MB Comunicação