A cooperativa precisa saber onde quer chegar, diz consultor Marcelo Prado

Publicado em: 10/08/2018

Cooperativa forte, cooperado também, e vice-versa. Parece óbvio e é, mas nem sempre é real, principalmente em épocas economicamente tumultuadas em um mundo que se move pela informação em formato exponencial, no qual a estrutura organizacional precisará estar alinhada com este contexto e entender a disrupção, palavra muito usada e de conceito complexo de ser praticado, afinal, envolve interrupção do curso normal de um processo, ruptura com o que está institucionalizado.

Está é a opinião de Marcelo prazo da M Prado Consultoria que tem acompanhado o desempenho de 50 cooperativas no Brasil. Outro conceito importante a ser praticado nos dias atuais, tem relação com a teoria das organizações exponenciais, que são melhores, muito mais rápidas e mais baratas do que as tradicionais, o que significa faturamento alto, baixo risco e baixíssimo custo. Para conquistar essa qualidade, segundo os teóricos e consultores na área, é preciso atender seis dimensões: digital, disfarçado, disruptivo, desmaterializado, desmonetizado e democrático. Além disso, nelas, a informação é o maior ativo e, entre os principais fatores de sucesso, estão o acesso a recursos que não possui.

O cooperativismo naturalmente trabalha com esses conceitos por princípio e em resposta à própria doutrina. No entanto, muito ainda pode ser feito para gerar progresso nas cooperativas. Marcelo Prado, diretor da M Prado Agronegócios – Consultoria diz que objetiva profissionalizar a gestão rural e oferecer soluções personalizadas para capacitar toda equipe e todas as etapas do processo do agronegócio – prefere fazer um acróstico com a palavra JEDI e resumir o caminho do progresso à busca por Justiça, Eficiência, Diversidade e Integridade.

A receita do consultor especialista em cooperativas vai além. “Os modelos de distribuição de sobras devem ser revistos, pois as cooperativas para fazerem frente às necessidades de investimento não poderão continuar distribuindo grande parte de seus resultados aos cooperados. O tratamento igual para cooperados com necessidades diferentes não funciona mais porque cada um é um indivíduo que possui necessidades específicas”.

Fonte: Revista MundoCoop